
Como tenho vindo a referir, procuro inspiração nas mais variadas formas de arte. Sinto que essa abertura me dá a capacidade para ser melhor e chegar a resultados mais satisfatórios.
A arte urbana é uma das minhas fontes de absorção criativa, pelas formas, cores e mensagens subliminares que transmite.
Sendo muitas vezes um tema sensível, a realidade é que a arte urbana acaba por ser uma reação cultural que cresceu e encontrou o seu espaço nas sociedades modernas.
As intervenções urbanas podem transformar zonas “mortas” das cidades, criar pontos de interesse turístico, no fundo valorizar toda uma região.
Considero importante as Câmaras Municipais olharem cada vez mais para esta vertente artística como uma forma de valorização dos municípios e potenciar os talentos locais, transformando, por exemplo, prédios devolutos, dando-lhes uma nova imagem e tornando-os mais apelativos. Esta medida ajuda na contenção da arte indiscriminada que acaba por ser reconhecida como vandalismo.
Em Portugal temos grandes exemplos de artistas que hoje têm o seu nome reconhecido internacionalmente e com intervenções nas mais importantes cidades do mundo.
No ranking 2021 dos 100 melhores murais do mundo constam três portugueses:
- No bairro da Graça, em Lisboa, encontra-se “Fado Tropical em tons RGB”, da autoria de Ozearv.

- No bairro da Ajuda, também em Lisboa, encontramos “The Linen Ghost”, o mural de Regg.

- Em Cancun, no México, econtramos o “puzzlelism” de Frida Khalo, uma obra de Mr Kas.

Termino mencionando uma apreciação de Mr Kas com a qual me identifico bastante como designer e artista: “No mundo da arte ninguém é melhor que ninguém e cada artista tem a sua técnica, a sua história e a sua identidade”.
A arte alternativa terá sempre lugar numa sociedade moderna.
Diogo Rodrigues.